sexta-feira, 20 de maio de 2011

Difícil de explicar

Mas eu acabei mesmo me dando conta que qualquer pessoa pode rir de si mesma. Outro dia eu estava pensando exatamente sobre isso: que escolho ser "infeliz" em milhares de momentos. Mas será que isso é algo só meu ou de uma geração inteira? Era a aflição do mundo. Hoje a gente não consegue se agarrar, é tudo muito rápido, é muita gente, é muita informação, você no fundo, no fundo, não tem a garantia de nada. E a ansiedade de ficar pensando: "O que vai acontecer amanhã? Essa pessoa ainda vai estar aqui?" Percebo que não sinto isso sozinho. Os laços são facilmente desfeitos. Não existe nada que segure duas pessoas fora o fato de elas se gostarem. É assustador uma pessoa se perguntar o que fazer da sua própria liberdade quando tem todas as possibilidades do mundo, você não sabe qual, quem e o que é melhor, e quer abraçar tudo de uma vez. As relações não tem mais consistência. O que prende uma pessoa a outra é quando os dois querem ficar juntos e todos nós aqui sabemos como é essa tal vontade. Isso é aflitivo, e se pensarmos demais, não conseguimos nos relacionar com ninguém porque a garantia de que aquela pessoa vai continuar gostando de você amanhã é mínima.

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